quarta-feira, 16 de novembro de 2016

TAG - Dias da Semana

Olá, pessoas!
No último sábado, o Clube Literário Palavras ao Vento se encontrou para fazer uma TAG. Entramos na onda da Pam Gonçalves e fizemos a TAG "Dias da Semana".
Resolvi dividir com vocês os títulos que escolhi.



 ・ Domingo - Um livro que você não quer que termine ou não quis que terminasse.
Fahrenheit 451 - Ray Bradbury

Escrito em 1953, o livro Fahrenheit 451 é uma leitura obrigatória para os amantes de livros.
Neste futuro distópico imaginado por Ray Bradbury mais ou menos no ano de 2020, a função dos bombeiros não é mais deter o fogo, sua função é incendiar livros a qualquer custo! Desprovidos de sua humanidade, os bombeiros incendeiam até pessoas que decidem ficar com seus livros em meio às chamas.
Tudo parece natural para Montag até que ele conhece Clarice. Ela mostra um mundo diferente, fala de outras pessoas além dela mesma, consegue olhar em volta e admirar a natureza. Trata-se de uma pessoa misteriosa que questiona e consegue ter pensamentos próprios.
Apesar da intensidade dessa leitura, não é daquelas que acontece muita coisa! As conversas entre os personagens são muito mais valiosas do que suas ações. Uma leitura indispensável, intensa e altamente perigosa, porque nos mostra o poder dos livros e o como eles podem ser uma chama de calor em mentes congeladas pelo senso comum.

・ Segunda - Um livro que você tem preguiça de começar.
Ulysses - James Joyce
O Clube Literário Palavras ao Vento começou o Coletivo Ulysses para lermos em conjunto essa temida obra do James Joyce, mas não estamos tendo muito sucesso nessa empreitada.
O livro foi escrito em 1922 e ao longo de suas 1112 páginas, Joyce fez uma paródia da Odisséia de Homero, narrando a aventura de Leopold Bloom e sua volta para a casa ao longo do dia 16 de junho de 1904. Um romance inovador, principalmente por sua narrativa e a criação do "fluxo de consciência" e do "monólogo interior".

・ Terça - Um livro que você empurrou com a barriga ou leu por obrigação.
Lolita - Vladimir Nabokov
Foram 6 tentativas para encarar esse livro que nos deixa com sentimentos tão intensos e contraditórios. Ao mesmo tempo em que abominamos seu narrador, somos completamente envolvidos por sua narrativa absolutamente poética!
Por questão de honra precisei terminá-lo e não me arrependi!
Não há como deixar de dizer que trata-se de uma obra prima. Não apenas por se tratar de um tema pouco explorado ou por nos apresentar um narrador diferente, mas por nos mostrar uma das mazelas da humanidade através de um novo ângulo. Trata-se de um mergulho em uma mente doente. Um homem que perde a guerra contra a insanidade e nos mostra com detalhes seus conflitos e seu desequilíbrio fatal.
Isso tudo já seria o bastante para classificar o clássico Lolita como incrível! A genialidade do autor supera esse mergulho no caos. Ele consegue casar poesia com monstruosidade e o resultado é um banquete literário!
A escrita é harmônica com a proposta de nos transportar para dentro de uma mente perturbada. O narrador vagueia entre passado e presente, adianta fatos que nos deixa confusos, confunde desejo e prazer com culpa e remorso, nos desorientando a todo tempo.
A riqueza de detalhes, a intensa descrição de lugares, aspectos ambientais... tudo isso caracteriza Humbert o narrador, o pedófilo, o desesperado, o louco!
A história começa quando Humbert, um homem de meia idade, tenta a todo custo nos convencer de que sua patologia teve início após ele perder uma namorada na adolescência. Seu grande amor morreu e isso fez com que, apesar de se tornar adulto, ele passasse a tentar encontrá-la em toda criança que cruzasse seu caminho. Humbert classifica as meninas com idade de 09 a 14 anos, com auto poder de sedução e persuasão, como ninfetas. E são elas que ele procura nos parques.
Quando conhece ele Lolita, finalmente consegue realizar suas fantasias.
Lolita é Dollores Haze, uma menina de 12 anos, cínica e atrevida. Possui uma relação péssima com a mãe e é órfã de pai.
Quando Humbert aluga um quarto em sua casa, a menina exerce um poder enigmático e enlouquece ainda mais o narrador.
Para se manter próximo a Dollores, o pedófilo casa-se com sua mãe. E após um acidente que acarreta na morte da mulher, Humbert se torna o único com poder de criar sua Lolita.
A partir daí, a narrativa se tornou insuportável!

・ Quarta - Um livro que você deixou pela metade ou está lendo no momento.
Grande Sertão: Veredas - Guimarães Rosa
A obra retrata, de maneira subjetiva, a vida no sertão através da narrativa perturbadora de Riobaldo.
E por causa dessa narrativa, acabei abandonando esse livro, pelo menos por enquanto.

・ Quinta - O livro de quinta. Um livro que você não recomenda.
Sem grandes detalhes: "Se eu ficar" - Gayle Forman

・ Sexta - Um livro que você quer que chegue logo (lançamento ou compra)
Queda de Gigantes - Ken Follett
Como não tem nenhum livro que eu esteja esperando, decidi colocar um que estou ansiosa para começar a ler, mas vou precisar esperar as férias por se tratar de um romance histórico de 912 páginas.

"O romance segue o destino de cinco famílias durante a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa." (retirado do skoob)

・ Sábado - Um livro que você quis começar novamente assim que ele terminou.
Barba Ensopada de Sangue - Daniel Galera
O que dizer de uma das melhores leituras que fiz esse ano?
Deu um grande orgulho conhecer uma obra brasileira contemporânea tão incrível e bem escrita!
Um professor de educação física (que não sabemos o nome) decide ir para Garopaba após a morte do pai com sua cadela e mergulha profundamente em uma jornada de autoconhecimento incrível, sensível e intensa! O personagem principal tem uma condição neurológica congênita que o impede de reter fisionomias, assim, ele precisa desvendar os sinais mais sutis que fazem de uma pessoa um ser único, o que nos coloca em uma verdadeira viagem literária.

Agora é sua vez! Que tal fazer essa TAG também?
Beijos Coloridos e até mais!
;)




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